Desde os tempos da Segunda Guerra, o Brasil passou a se alinhar de maneira significativa com os Estados Unidos, mostrando ao longo da década de 40 e 50 mudanças no consumo, comportamento e cultura.
Foi nesta época que o empresário do ramo imobiliário Artacho Jurado, filho de espanhóis anarquistas, ergueu na paisagem paulistana e santista edifícios com uma arquitetura repleta de signos e imagens. Suas obras foram inovadoras não só na miscelânea de estilos e no exagero decorativo, mas também nas proporções dos apartamentos e nas áreas comuns dos condomínios que, combinadas a uma genial e inovadora estratégia de marketing promocional, inventaram um novo estilo de morar e viver na cidade.
Artacho atingiu em cheio o imaginário de uma classe média ascendente e obteve grande sucesso comercial além do reconhecimento por parte da crítica não especializada. Mas também foi acusado de “mau gosto” por seus detratores (devido à influência nos seus projetos do glamour Hollywoodiano e da abundância cromática dos seus acabamentos e ornamentos). Nunca foi considerado arquiteto por seus pares. Sem diploma, não pôde assinar os projetos que criou.
Sua obra nada ortodoxa e dirigida diretamente ao mercado persiste até hoje e, se um dia foi desprezada por alguns, atualmente é cultuada por outros, fazendo de seu autor um dos personagens mais controversos e polêmicos da arquitetura paulista e brasileira.
Artacho foi muitas vezes acusado de “marqueteiro” (pelas campanhas publicitárias que embalavam seus empreendimentos) e de importar idéias estrangeiras.
Este documentário em produção é baseado no livro Artacho Jurado - Arquitetura Proibida de Ruy Eduardo Debs Franco, lançado pela Editora Senac em 2008.
Formato: HD / Dolby Digital
Duração: 52 minutos
Gênero: Documentário
Classificação Etária: Livre
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